quinta-feira, 29 de maio de 2014

Treinamento para recrutadores de pessoas com deficiência


Pessoal,

Já estão abertas as inscrições para o treinamento especial para recrutadores de pessoas com deficiência que eu vou ministrar no dia 10 de junho em São Bernardo do Campo (SP).

O público-alvo são profissionais de Recursos Humanos, dirigentes e profissionais de empresas que precisam implantar imediatamente um projeto de acessibilidade e de inclusão e realizar o recrutamento e qualificação de pessoas com deficiência.

Teremos oito horas de atividades, com dinâmicas interativas que vão permitir que os profissionais vivenciem a rotina das entrevistas de seleção desse público. Nesse treinamento são avaliados os diferentes testes e resultados-padrão e os recursos usados para avaliação de candidatos em geral.

Vamos compartilhar como adaptar técnicas de entrevista e testes, redefinir o conceito de “padrão” e entender o mundo sob uma outra ótica, realizando o recrutamento de forma eficiente e eficaz, diminuindo o turn-over e custos para a empresa.

Anote e compartilhe:
Data: 10/06/2014 (terça-feira)
Carga horária: 8 horas (das 8h30 às 17h30, com intervalo para almoço)
A partir das 8h – café de boas-vindas
Local: Sociedade Brasileira de Eubiose
Av: Getúlio Vargas 1.689 – Baeta Neves – São Bernardo do Campo/SP

Investimentos:
R$ 1.980,00 – por pessoa autônoma
R$ 1.497,00 por pessoa – inscrição pela Empresa.
Para três ou mais inscrições da mesma empresa, serão aplicados descontos.
Valores incluem: café, almoço, apostila e certificado.

Inscrições e informações: redeipc_sbc@institutoprocidadania.org.br
Telefones: (11) 4121-1494 ou (11) 95363-6623, com Noara

Um abraço,

Açucena

segunda-feira, 19 de maio de 2014

RH sempre é decisivo


Independentemente dos altos e baixos da economia internacional ou dos erros e acertos inerentes ao nosso governo, cruciais para a economia, a área de Recursos Humanos sempre teve e terá seu posicionamento perante as empresas e a própria sociedade. As oportunidades para que a voz do RH seja ouvida com maior intensidade estão disponíveis como nunca, cabendo aos profissionais do setor e às associações que os representam buscar formas conjuntas de participação e diálogo.

É importante lembrar que o RH tem sido, ao longo das últimas décadas, protagonista atuante nos processos de mudança. A área soube lidar com os efeitos da evolução tecnológica, com os processos de fusão e reestruturação, com a crise do desemprego e até com modismos, que de tempos em tempos ganharam status nas corporações. Sendo assim, sabe não só reconhecer a importância das transformações como entender os efeitos que causam sobre homens, empresas e comunidades.

Esse conhecimento credencia os profissionais do setor a terem uma participação decisiva nas reformas agendadas pelo governo. Sem dúvida, a área pode contribuir para o aperfeiçoamento da previdência, para as negociações que têm como objetivo a flexibilização cada vez maior das relações do trabalho e reformas sociais necessárias.

Especificamente nas questões que envolvem as relações trabalhistas, o RH desempenha o importante papel de intermediador das necessidades do empregador, atuando como uma grande ouvidoria. Seu objetivo maior é administrar posições e diferenças para que todos se sintam ouvidos, um perfeito Ombudsman na área sócio-profissional.

Outra contribuição decisiva da área está na intermediação do diálogo entre as empresas e o poder público, arte plenamente dominada por aqueles que sempre estiveram nas mesas de negociação que contrapunham capital e trabalho, governo e sindicatos, líderes e liderados. Afinal, dialogar, negociar, trocar impressões e experiências são ações permanentes de quem lida com pessoas.

Mais do que nunca, o RH pode assumir um papel importante em outras questões vitais para a retomada do desenvolvimento das empresas e, consequentemente, do país. Isso significa continuar lutando pela qualidade de vida nas organizações, fundamental para a obtenção de melhores índices de competitividade e pelo entendimento de que a diversidade racial, regional, educacional ou de padrão é um atributo extremamente contributivo para a criatividade.

Além disso, cabe ao RH trabalhar para o engajamento das organizações em ações de responsabilidade social, que ultrapassem as fronteiras do marketing, tendo reflexos positivos nas comunidades e na ampliação do envolvimento das empresas com a educação de seus funcionários, familiares ou comunidades, principalmente no sentido de desenvolver a cidadania e o caráter – algo que ninguém fará, se o RH não o fizer.

Em resumo, e mais do que nunca, o RH deverá desempenhar o papel de fazer as pessoas crescerem. Já o compromisso de entidades que congregam profissionais do setor de todo o Brasil deve estar em melhorar as condições para que isso aconteça e aumentar as possibilidades e os espaços para que todos tenham voz e, principalmente, se façam ouvir.

Afinal, atrás de cada serviço, produto ou atividade, sempre existiu e existirá GENTE, ainda que programando robôs.


Açucena Calixto Bonanato

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Empregabilidade para pessoas com deficiência


Em princípio, a inclusão de pessoas com deficiência no âmbito empresarial deve-se especialmente a três fundamentos: o primeiro deles é o cumprimento da Lei nº 8.213/91, na qual são estabelecidos percentuais de vagas internas a serem preenchidos por pessoas com deficiência, em empresas com mais de 100 empregados.
Não há dúvidas de que isso tem levado a um aumento da demanda por esses profissionais. Mas vale a pergunta: é preciso uma lei para levar uma empresa a contratar pessoas com deficiência? Isso nos remete ao segundo fundamento - a cidadania, ou seja, atender às expectativas da sociedade quanto ao movimento mundial em prol dos menos favorecidos. Cada vez mais cobra-se das empresas o cumprimento do seu papel social, neste caso o de oferecer a oportunidade de uma atividade que precisa ser realizada, para que o seja por uma pessoa com limitações. Para isso, ao contrário do que se imagina, não é necessário quebrar paredes, construir rampas e coisas do gênero. Ao pensar em pessoas com deficiência, deve-se lembrar de que existem tantas outras deficiências como visuais, auditivas, restritivas de membros superiores, além do cadeirante, que frequentemente é associado como o único portador de limitações.
Em terceiro e último lugar, a empresa que contrata pessoas com deficiência aplica a educação, conscientizando internamente os funcionários sobre a contribuição efetiva que este colaborador com limitações pode trazer para a organização como um todo. Sem dúvida nenhuma, é uma explosão de sentimentos de satisfação, orgulho, participação, cidadania e de realização pessoal.
Claramente percebe-se que são pessoas com potencialidades específicas e que podem contribuir sensivelmente para o crescimento da empresa, transformando mão-de-obra inativa em ativa, primando pela qualidade, respeito e integridade das relações interpessoais e da individualidade. É uma maneira de incentivar o caráter solidário das pessoas, retirando-as da zona de conforto e vivenciando novas situações. E por falar em novas situações, não basta as empresas darem oportunidades. É preciso que cada um faça a sua parte, incluindo os políticos e o governo, provendo melhores condições de acessibilidade das ruas, órgãos públicos, professores capacitados a atender pessoas com deficiência em sala de aula comum, transporte público adaptado e pessoal treinado no convívio com essa gente especial. É preciso dar o exemplo, ou seja, aumentar a oferta de vagas em cargos públicos podendo, assim, cobrar das empresas privadas que o façam também.
E a propósito Senhores Políticos, estamos em ano de eleição. Pessoa com deficiência virou moda e nicho de mercado. Não se esqueçam de que eles também são eleitores, bem como seus familiares e amigos. Portanto, não deixe de incluí-los nas suas ações de cidadania. Comecem promovendo a inclusão dessa população na sociedade. Não pensem que um Pronatec, que a maioria desconhece e que as unidades que oferecem treinamentos não estão adaptadas, será o suficiente para esta população.
A integração com pessoas com deficiência é um exercício de desenvolvimento humano, primando pelo direito constitucional de igualdade nas oportunidades e de constituição de uma vida normal. A limitação não torna as pessoas incapacitadas ou incompetentes, elas só necessitam de uma atenção especial e, não resta dúvida, retribuem na mesma intensidade.
Pela própria experiência de vida, por aprender a lidar com suas limitações sem desistir da realização pessoal, os profissionais que têm algum tipo de deficiência aparente carregam consigo uma qualidade que é vital para as empresas – são construtores do clima organizacional, exemplos de viver de bem com a vida, contaminando seus parceiros de trabalho.
Eles adicionam valor incondicional ao ambiente de trabalho através do exemplo, da garra e dedicação, mostrando o quanto ainda cada um pode realizar. Em verdade, o maior limitante de uma pessoa com deficiência é a falta de informação. A convivência com ele é um aprendizado para nunca desistir de fazer algo, de algum objetivo, mesmo que pareça impossível. Seu convívio nos leva a conhecer os próprios limites e ter humildade para admitir e reconhecê-los, mas, principalmente, aprender como superá-los. As pessoas tornam-se mais humanas e sinceras.
O convívio com essa gente tão especial nos faz aprender o real significado das palavras e expressões como: valorização, igualdade de oportunidades, sinceridade, exemplo, alegria, respeito pelo ser humano, querer é poder...
Sem dúvida nenhuma, o principal resultado na contratação de uma pessoa com deficiência é a irradiação e disseminação de sentimentos positivos e do sentido de grupo. Os colaboradores passam a ter maior orgulho, satisfação e maior comprometimento com a empresa, pela valorização do sentido do ser humano, seus princípios e valores. Pense nisso e pratique, convivendo e dando oportunidade!


Açucena Calixto Bonanato